Tuesday, April 15, 2008

"15por15" - Programa 1!

"15por15" - Programa 1 já está online!


Depois de 15 dias de correria, de pesquisas, visitas, entrevistas, espectáculos, edição...trabalho


Já está disponível a primeira edição do “15 por 15”, o primeiro programa cultural de web-tv sobre a região de Aveiro.

Inovando a forma de fazer televisão para a web, este programa surge como a possibilidade ideal de agregar, dar maior visibilidade e registar as principais actividades e personagens impulsinadoras da cultura da Região.

Neste programa que dividimos em quatro blocos, poderá a assistir a:


Bloco 1: Uma Agenda Cultural que seleccionámos para si, sobre os principais eventos que decorram em Aveiro, na primeira quinzena de Abril.

Bloco 2: Uma entrevista ao presidente da Confraria de S. Gonçalo, Mário Cruz;
A reportagem ao concerto de Rita Redshoes e à peça “Paraíso” de Olga Roriz, ambos realizados no Teatro Aveirense.

Bloco 3: Visitámos o Teatro Aveirense e damos-lhe a conhecer os locais a que o público habitualmente não tem acesso;
Uma reportagem sobre o Festival “InJazz08” em Aveiro, com entrevistas a Bernardo Sassetti e Maria João.

Bloco 4: Uma Agenda Cultural em que seleccionámos para si, os principais eventos culturais a decorrer em Aveiro, na segunda quinzena de Abril.

Poderá consultar o primeiro programa em: http://www.aveiro.tv

Monday, April 7, 2008

2ª Entrevista em Estágio!

Fim-de-semana para o Jazz

Teatro Aveirense recebe Bernardo Sassetti
no âmbito do festival "InJazz 08"

Na sexta-feira à noite fui ao Teatro Aveirense para filmar o concerto do pianista Bernardo Sassetti e entrevistá-lo no final.

Como não podia deixar de ser, ou não fosse eu uma estagiária prendada, tinha (achava eu) tudo o que precisava para que nada faltasse!

O teatro é lindo, as pessoas dispõem-se e apresentam-se de forma elegante e respira-se um ambiente acolhedor e artístico.

Como não sou, ou era ainda, frequentadora assídua, tive que repetir a minha identidade vezes sem conta, procurar pelos nomes certos, esperar quando recomendado, agir como profissional que estou longe de ser!

Sinceramente acho que me saí bem....vamos ver o resultado dia 15, no programa 1 do "15por15", que já agora, divulgo: http://www.aveiro.tv/

Para que se divirtam um pouco e aprendam,
Eis uma pequena, mas eficaz, lista do que é preciso para aniquilar, logo à partida,uma carreira brilhante no mundo da comunicação social:

- Ter já na primeira semana de Estágio,a oportunidade de entrevistar nomes da música portuguesa como Rita Redshoes, Bernardo Sassetti e Maria João...

- Achar que se fez a melhor pesquisa que se podia fazer acerca destes nomes e chegar à conclusão que não se leu nem uma entrevista já publicada com estas pessoas!

- Construir meticulosamente o guião para a entrevista e...chegar ao momento e descobrir que o belo do documento ficou por imprimir, na pen!

- Ter de reunir as funções de operador de câmara e entrevistador!

- Sorrir com cara de parva durante todo o decorrer da entrevista!

- Ter a lata de admitir que se está nervoso por ser a primeira semana de estágio!

- Não contente com a triste figura, sacar do caderno de estágio e pedir autógrafo!

- Para que a cara de parva fique registada, há que despender de um pouco mais de cara de pau e sacar da maquina fotográfica...pindericamente decorada com autocolantes, e...sorrir abraçada à simpatia que cedeu entrevista a uma croma destas!

Nota: Não se esqueçam...nem todas as figuras do mundo da música se chamam Rita Redshoes, Bernardo sassetti e Maria João;-)

próximo post...aventura nos camarins de Maria João!

Friday, April 4, 2008

1ª entrevista em Estágio!

Música fora de horas

Rita Redshoes no Teatro Aveirense!

dia 02 de Abril - 22:30* bar café TA


Texto de miramos

Imagem retirada do google image


Pois é, ia ver o concerto da Rita à pala, graças a bilhetes oferecidos por uma colega da senso comum, e acabámos por entrar na qualidade de repórteres da Aveiro TV! Misto de medo e excitação, portanto.

O concerto começou com cerca de meia hora de atraso e durou aproximadamente uma hora, na qual a artista cantou músicas, originais e não só.

Como já é habitual na Rita redshoes, apresentou-se acompanhada dos seus três músicos, vestida de preto e vermelho e sem esquecer, claro, os seus Redshoes de verniz!

Ainda a recuperar de uma semana de exílio em casa, devido à constipação, Rita teve de corar e pedir um lenço de papel ao público! O gelo quebrou-se assim desde cedo, para dar lugar a uma onde de calor humano entre os músicos e a audiência já que a linha que os separav era em todos os aspectos, demasiado ténue. Não havia palco, grande parte das pessoas estavam sentadas no chão e só colunas e cabos demonstravam que não era supostopassar “d’alí”.

No final do concerto, voltaram ao palco para mais duas canções e as despedidas, ainda provisórias, visto que se seguiu o momento de conversa entre o público e a cantora, na sala ao lado.

Depois da já prevista timidez por parte dos presentes, e da intervenção dos representantes oficiais do Teatro Aveirense, seguiu-se um conjunto de perguntas, características da música e percurso da rita redshoes, mas também da rita Pereira, filha, amiga e estudante universitária, assim como acerca de Aveiro, dos ovos moles e de futuras visitas à cidade.

Autógrafos em papelinhos ou bilhetes, cds ou agendas do TA, fotografias e confidências...finalmente a minha vez...o momento da verdade!
Por Deuscidência, um sofá vermelho e fashion agurdava a minha entrevista!

Com algum nervosismo de parte a parte, os olhares fitavam-se e os sorrisos surgiam ao longo das perguntas e respostas...fui percorrendo o seu discurso atenciosamente e ela foi respondendo com simpatia e timidez às minhas curiosidades.

Acabei por esquecer a “obrigação” de exenção e também recebi um autógrafo e fiz parte do quadro em que rita sorri e abraça para a fotografia!

Pessoalmente, estava curiosa para a ouvir ao vivo e poder então criar a minha própria opinião, quer acerca da sua música, quer acerca da sua postura e consequentemente atitude, personalidade. Fiquei alegremente surpreendida e, apesar de nem todas as músicas me tocarem de forma especial, fiquei a simpatizar muito com a Rita e desejar-lhe muita sorte e um bom trabalho daqui para a frente.

Blog: http://rita_redshoes.blogs.sapo.pt/
My space: http://www.myspace.com/ritaredshoes

já agora visitem!

Tuesday, April 1, 2008

"15por15", Programa Zero!

Aveiro TV lança primeiro programa cultural na web-tv sobre Aveiro

“15por15” já está online

A Aveiro TV lançou hoje pelas 15 horas e 15 minutos, no canal online www.aveiro.tv, o programa cultural “15por15” sobre a região de Aveiro.


Este é o primeiro programa cultural que é feito por uma web-tv sobre a região de Aveiro.

É um programa quinzenal que estará online todos os dias 1 e 15, com a duração de quinze minutos, protagonizado pelas pessoas que fazem a cena cultural do distrito de Aveiro, com relevância regional e nacional.


Segundo a Aveiro TV “este programa surge como a possibilidade ideal de agregar, dar maior visibilidade e registar as principais actividades e personagens impulsinadoras da cultura da Região.”


O programa zero hoje apresentado, ainda não é composto pelo formato que vai reger as próximas edições do “15por15”, pois serve de apresentação ao público, da existência deste novo produto cultural sobre a região de Aveiro.


Pode consultar o programa zero aqui:

http://www.emaveiro.com/scid/emaveiro/

também com vídeo em:

http://15por15aveirotv.blogspot.com

Don't miss it;-)

Sunday, July 22, 2007

Porque Sociologia da Comunicação continua enquanto eu for um ser Social...enquanto eu Comunicar!

Depois de um ano de Sociologia da Comunicação...


...À parte dos textos construídos para a cadeira, das reflexões sugeridas pelos temas dados, das questões que surgiram de respostas dadas nas aulas, ou das respostas resultantes de perguntas feitas nas aulas...

Estudar Sociologia da Comunicação foi saber que, durante dois semestres de aulas iria ter três horas por semana onde parar para pensar, em tudo o que me rodeia...me envolve, me toca, me faz querer avançar...recuar, passar ao lado...

"levar com a teoria", "respeitar os temas" era só um pretexto para saber os nomes que podia dar ao que ja sabia, ou ao que queria perguntar...era ter um dicionário ou um formulário para avaliar e desmontar cada dia...

Agora que ja acabei a cadeira e que, provavelmente a minha avaliação está ditada, sei que aprendi muito para além da nota que tiver e que, seja qual for, será demasiado elevada tendo em conta tudo o que ainda poderia ter descoberto ou consolidado durante as aulas se tivesse tido MAIS Tempo...ou Paciência...Concentração...Energia...Vontade!

Encontrei um texto que escrevi recentemente numa fase de rescaldo de uma experiência nada positiva, pelo menos até que a apreenda...achei que este pedacinho poderia estar no contexto...

...afinal estamos a falar de Sociologia!

"...Cada dia que passa julgo-me uma pessoa mais culta…diariamente venho aprendendo pequenas e grandes coisas com aqueles com quem me cruzo e, para grande surpresa minha, comigo mesma!

Procuramos chegar ao fim…conhecer os contornos do mundo…esquecemo-nos que mal tocámos as nossas próprias fronteiras.

(...)Erro…autodestruo-me, contesto e volto a errar!"

Recenção

Recenção elaborada a partir do livro:«JORNALISMO ELECTRÓNICO», -Internet e Reconfiguração de Práticas nas redacções; BASTOS, Hélder da editora Minerva Coimbra, 2000;”

A referida Recenção foi estruturada: A.Introdução; B.1. Apresentação desenvolvida da temática contida na obra; B.2. Posições existentes/citadas do autor da obra/autores nela referidos; B.3. Contributo da obra para o conhecimento em que se insere; C. Crítica conclusiva

Devido à complexidade e extenção da mesma apenas postei o ponto C

C.Crítica Conclusiva:

"Considero fundamental referir que perante a vastidão de informação e a complexidade que este assunto encerra, não sou capaz de fazer uma qualquer crítica minimamente merecedora de importância e confiança. Analiso esta publicação com olhos de estudante e com a visão de quem nada sabe e nada conhece acerca deste assunto, sendo que estas foram as razões base para que a minha escolha recaísse neste livro. Assim, referirei os aspectos que acredito serem de relevância para uma noção geral daquilo que um leitor anónimo pode sentir quando se depare com esta obra, sendo esta análise sempre baseada no senso comum.

Em termos de estrutura considero que a obra seja: simples (com capítulos e alíneas; com conclusões referentes a cada um e por fim o exemplo português com os devidos resultados do estudo); clara (já que há aspas e referências bibliográficas); lógica (pois parte do geral, para o particular, desde a vertente histórica até à amostra em que se centrou a investigação).

Quanto ao conteúdo, creio que é uma boa compilação das obras já editadas acerca desta temática ao longo dos seus trinta e sete anos. A certa altura senti que havia alguma repetição de ideias, por vezes quase redundância de informação, que me confundiu e baralhou, sobretudo quando era remetida para páginas anteriores ou seguintes quanto a certo ponto. Nota-se que não há uma destacada e/ou definida amostra da opinião do autor, quer por tentativa de imparcialidade ou compreensão da própria percepção do mesmo em relação à temática. Assim é difícil entender em que é que está de acordo/desacordo com os autores que refere.

À parte de tudo isto, creio que a leitura desta obra foi uma mais valia para a minha compreensão do fenómeno que é a Internet e das reais potencialidades transformadoras dos media na sociedade em que futuramente pretendo trabalhar enquanto jornalista.

Constato com alguma surpresa e um certo descontentamento, que tendo a Internet quase quarenta anos e, já no seu nascimento, haver estudiosos atentos à sua passagem, capazes de prever vantagens e desvantagens, cortes e interacções com o jornalismo e o modo com se produzem conteúdos noticiosos de modo tradicional, ainda hoje, não ser possível viver neste meio em total consonância e harmonia, não se tirar total partido das potencialidades dos utensílios criados; e não ser possível encarar com confiança e tranquilidade os caminhos e veredas que a Internet apresenta aos seus utilizadores e aqueles que fazem de si, instrumento, veículo e/ou objecto de trabalho.

Para além disso sinto que os meios de comunicação tradicionais ainda estão na fase prevista em setenta, da “simples” transcrição de conteúdos dos seus formatos habituais para o ecrã do computador; que ainda não é possível em termos económicos ter jornalistas com formação específica em computadores e jornalismo em simultâneo, trabalhando exclusivamente com informação veiculada através e para consumidores virtuais.

Volto a referir que apesar de ter chegado a estas conclusões sei que não sou a primeira e que isto em nada melhora o panorama que refiro. Que a resolução destas limitações não é fácil e que a sociedade demora a mudar, sendo que estamos em Portugal numa fase de grande transformação, sobretudo nos últimos vinte anos.

Assim, recomendo ente livro aos profissionais da comunicação, para que possam “ter à mão” todo um conjunto de observações claras e úteis sobre relação Internet vs. media, e a estudantes de comunicação para que sejam forçados a reflectir sobre a sua formação e a sua postura perante a Internet no seu dia a dia e no seu futuro trabalho.

A Internet é hoje em dia uma força transformadora e impulsionadora da sociedade, seja enquanto utensílio, instrumento, meio, serviço...cabe a cada um com a sua devida formação e estatuto nessa sociedade, usá-la e manuseá-la de forma consciente e responsável. Dentro dos possíveis, conhece-la e respeitá-la, sabendo que o futuro dos comportamentos, das vontades e do conhecimento passaram irremediavelmente por ela.

Quanto aos meios de comunicação de massas e aos profissionais que exercem o papel de informadores do espaço público, creio que têm perante si, um grande desafio e um grande auxílio em simultâneo. Terão de saber com mais convicção qual o seu papel e quais os tramites legais e deontológicos segundo os quais se querem reger, de modo a evitar as armadilhas da rede e fazer valer o seu trabalho perante a panóplia de informação existente.

O jornalista será cada vez mais aquele que procura, aquele que filtra o que encontra e aquele que decide o que mostra, não podendo abdicar de uma formação adequada e de uma boa dose de bom senso." Mª Inês Ramos.

aula prática...praticada!

Informação Solidária

«Informação Solidária»

Apresentada e Debatida na ESEC

"A docente da Escola Superior de Educação de Coimbra, Dina Cristo, levou no dia 11 de Junho, pelas 10h30 ao Auditório da Escola, o novo conceito de “Informação Solidária” para alunos e especialistas da área da Comunicação Social.

Durante cerca de três horas o conceito, os métodos e as práticas foram apresentados pelo especialista Carlos Cardoso Aveline, que marcou presença através da videoconferência, falando aos presentes a partir do Rio de Janeiro. O representante da revista CAIS, Henrique Pinto e a jornalista freelancer Gabriela Oliveira mostraram como se pode concretizar diariamente a “Informação Solidária”.

Numa plateia maioritariamente constituída por estudantes de Comunicação Social, surgiram algumas questões tanto no que diz respeito ao “novo” conceito que data já da década de setenta, como à sua empregabilidade no dia-a-dia ainda enquanto estudantes e cidadãos.

Moderadora: Docente Dina Cristo

Convidados:

Carlos Cardoso Aveline – autor do livro “Informação Solidária” (vídeoconferência)

Henrique Pinto – revista CAIS

Gabriela Oliveira – freelancer

Carlos Cardoso Aveline:

(em videoconferência directamente do Brasil, Rio de Janeiro;)

A ética como centro do dever e da conduta do jornalista;

O papel/atitude do cidadão perante a comunicação social;

“A nova era solidária do terceiro milénio, será também a era da cidadania plena.”

“Os meios de comunicação Social são cruciais neste processo de mutação de indivíduos e sociedade.”


Projecta a postura da comunicação social e do público como responsáveis activos na participação do poder.

Acredita na alteração de visões e comportamentos de uns para com os outros através da alteração de temas, da forma como os média os abordam e da forma como, serão recebidos e procurados pelos espectadores.

Prevê a diminuição da importância/domínio do poder político na construção diária da sociedade, pois caberá ao próprio cidadão reflectir sobre o estado do seu país e terá, não só competências como também interesse e esclarecimento para participar activamente.

Defende uma mudança na pirâmide das temáticas que regem as agendas e que preenchem os ouvidos e os olhos de horror. Para o autor, o Ser Humano é tendencialmente pacífico, nascido para amar e querer o bem, procurar o bem-estar, logo, capaz de superar este momento mediático em que a guerra, a morte, a desgraça e o terror são o centro dos interesses.

Henrique Pinto:

Henrique Pinto ainda não teorizou aquilo a que já chama de “Informação Solidária”. Trabalha na CAIS há mais ou menos dez anos (não sei precisar), neste momento é um dos responsáveis máximos da instituição, logo está ligado à maioria das acções CAIS.

Partilhou com a audiência a sua vida enquanto CAIS e só através dela podemos chegar ao Henrique como pessoa.

A CAIS é hoje mais do que uma publicação mensal, um organismo vivo da qual depende a saúde mental e muitas vezes física de umas dezenas ou centenas de pessoas.

A CAIS vai ao encontro dos que vivem na rua...dos que procuram uma oportunidade para regressar ao seu caminho (irónico mas verídico...estão na rua mas não sabem o caminho).

A CAIS custa actualmente 2 euros, é vendida por pessoas que não tinham condições para sobreviver autonomamente, quer por problemas de saúde, que por acidentes, etc.

A revista era inicialmente gratuita mas as despesas que acarreta impediam o projecto de seguir e foi necessário reverter a situação para evitar a “falência”. Ainda assim, 70% da venda de cada revista vai para o vendedor, 15% para as despesas de produção, 15% para a CAIS.

Henrique Pinto viajou por vários países onde viveu e onde olhou e viu o que se passava à sua volta. Em Portugal quis usar essas experiências e o seu conhecimento, tanto pessoal como intelectual para fazer algo pelos que viu “excluídos”.

Conseguimos apercebemo-nos que é um homem de palavras fáceis, discurso fluido mas cuja mensagem tem de ser ouvida pausadamente e com alguma reflexão. Faz de realidades complexas, formas e simples resoluções, de grandes problemas, pequenos desafios que considera serem facilmente ultrapassados com a ajuda e vontade de todos.

Dá a cara e corpo não só por causas mas por consequências, não só pela entidade, mas pelas identidades que dela dependem e que nela se formam.

Conhece o valor dessas pessoas e sabe que no futuro poderão retribuir socialmente para o bem que, com a ajuda da CAIS e de todos, podem dela receber agora, quando precisam.

Henrique Pinto veio fundamentalmente dizer que a revista CAIS não é simplesmente uma publicação mensal feita em papel reciclado, vendida por pessoas maioritariamente excluídas da sociedade a que pertencem.

Veio mostrar que a revista CAIS é uma instituição em que pessoas trabalham por e para pessoas, sobre temas que dizem respeito a todas as pessoas, que afectam e intervêm na vida das pessoas, com o “bónus” de poderem melhorar a forma de estar e a conduta de outras pessoas (as que vendem e a que compram se souberem ver).

Para mim, Henrique Pinto é o espelho e o reflexo da CAIS, é um CAIS e um Navio que continua a transformar mentalidades e sobretudo a contribuir para a alteração de presentes e futuros.

Gabriela Oliveira:

Trabalha como freelancer tendo participado com reportagens em jornais e revistas como o JN e o Expresso.

Nunca tinha ouvido falar do conceito de “Informação Solidária”.

Aqui está uma diferença entre esta convidada e os outros: Carlos Cardoso conhece e estuda o movimento, Henrique Pinto trabalha numa área em que à prior se poderia juntar o conceito de “informação”, neste caso na revista e “solidariedade” na acepção mais comum da palavra. Já Gabriela, considerava apenas que como qualquer outro jornalista fazia o seu trabalho. Talvez soubesse ou sentisse que tinha tendência para querer abordar temas difíceis, pouco atraentes ao lucro, desconfortáveis...coisa de freelancer que não gosta de estar sujeito a rotinas e agenda mediática, a temas “pré-datados”, “meta-acontecimentos”, etc.

Foi realmente cativante ver que não tem de se possuir rótulos, que se pode ser “simplesmente” jornalista, fazer de forma “isenta e objectiva” a nossa obrigação e mesmo assim, estar a fazer mais, estar a fazer melhor, estar a fazer certo. Abordar com imparcialidades temas escolhidos com “sentido crítico”.

Sensibilizou-me a simplicidade e a ternura com que apresentou alguns dos seus trabalhos e a firmeza e frontalidade com que relatou a forma como encara um trabalho desde que o pensa até que o publica. Desde a construção e busca da informação até ao confronto, nem sempre pacífico com as entidades que depois lho compram e publicam.

Mais uma vez foi referida a importância de cada um “fazer a sua parte”, construir com o que está ao seu alcance, dar o seu contributo.

Falou-se de novo do estar atento, ser activo, intervir, usar a sua voz, recorrer aos meios que nos podem dar essa voz."

p.s.: esta sessão foi organizada pela docente Dina Cristo tendo sido completada e acompanhada pelos alunos de Sociologia da Comunicação, sobretudo pelos alunos Bruno Castro e Sandra Silva.