Sunday, July 22, 2007

Recenção

Recenção elaborada a partir do livro:«JORNALISMO ELECTRÓNICO», -Internet e Reconfiguração de Práticas nas redacções; BASTOS, Hélder da editora Minerva Coimbra, 2000;”

A referida Recenção foi estruturada: A.Introdução; B.1. Apresentação desenvolvida da temática contida na obra; B.2. Posições existentes/citadas do autor da obra/autores nela referidos; B.3. Contributo da obra para o conhecimento em que se insere; C. Crítica conclusiva

Devido à complexidade e extenção da mesma apenas postei o ponto C

C.Crítica Conclusiva:

"Considero fundamental referir que perante a vastidão de informação e a complexidade que este assunto encerra, não sou capaz de fazer uma qualquer crítica minimamente merecedora de importância e confiança. Analiso esta publicação com olhos de estudante e com a visão de quem nada sabe e nada conhece acerca deste assunto, sendo que estas foram as razões base para que a minha escolha recaísse neste livro. Assim, referirei os aspectos que acredito serem de relevância para uma noção geral daquilo que um leitor anónimo pode sentir quando se depare com esta obra, sendo esta análise sempre baseada no senso comum.

Em termos de estrutura considero que a obra seja: simples (com capítulos e alíneas; com conclusões referentes a cada um e por fim o exemplo português com os devidos resultados do estudo); clara (já que há aspas e referências bibliográficas); lógica (pois parte do geral, para o particular, desde a vertente histórica até à amostra em que se centrou a investigação).

Quanto ao conteúdo, creio que é uma boa compilação das obras já editadas acerca desta temática ao longo dos seus trinta e sete anos. A certa altura senti que havia alguma repetição de ideias, por vezes quase redundância de informação, que me confundiu e baralhou, sobretudo quando era remetida para páginas anteriores ou seguintes quanto a certo ponto. Nota-se que não há uma destacada e/ou definida amostra da opinião do autor, quer por tentativa de imparcialidade ou compreensão da própria percepção do mesmo em relação à temática. Assim é difícil entender em que é que está de acordo/desacordo com os autores que refere.

À parte de tudo isto, creio que a leitura desta obra foi uma mais valia para a minha compreensão do fenómeno que é a Internet e das reais potencialidades transformadoras dos media na sociedade em que futuramente pretendo trabalhar enquanto jornalista.

Constato com alguma surpresa e um certo descontentamento, que tendo a Internet quase quarenta anos e, já no seu nascimento, haver estudiosos atentos à sua passagem, capazes de prever vantagens e desvantagens, cortes e interacções com o jornalismo e o modo com se produzem conteúdos noticiosos de modo tradicional, ainda hoje, não ser possível viver neste meio em total consonância e harmonia, não se tirar total partido das potencialidades dos utensílios criados; e não ser possível encarar com confiança e tranquilidade os caminhos e veredas que a Internet apresenta aos seus utilizadores e aqueles que fazem de si, instrumento, veículo e/ou objecto de trabalho.

Para além disso sinto que os meios de comunicação tradicionais ainda estão na fase prevista em setenta, da “simples” transcrição de conteúdos dos seus formatos habituais para o ecrã do computador; que ainda não é possível em termos económicos ter jornalistas com formação específica em computadores e jornalismo em simultâneo, trabalhando exclusivamente com informação veiculada através e para consumidores virtuais.

Volto a referir que apesar de ter chegado a estas conclusões sei que não sou a primeira e que isto em nada melhora o panorama que refiro. Que a resolução destas limitações não é fácil e que a sociedade demora a mudar, sendo que estamos em Portugal numa fase de grande transformação, sobretudo nos últimos vinte anos.

Assim, recomendo ente livro aos profissionais da comunicação, para que possam “ter à mão” todo um conjunto de observações claras e úteis sobre relação Internet vs. media, e a estudantes de comunicação para que sejam forçados a reflectir sobre a sua formação e a sua postura perante a Internet no seu dia a dia e no seu futuro trabalho.

A Internet é hoje em dia uma força transformadora e impulsionadora da sociedade, seja enquanto utensílio, instrumento, meio, serviço...cabe a cada um com a sua devida formação e estatuto nessa sociedade, usá-la e manuseá-la de forma consciente e responsável. Dentro dos possíveis, conhece-la e respeitá-la, sabendo que o futuro dos comportamentos, das vontades e do conhecimento passaram irremediavelmente por ela.

Quanto aos meios de comunicação de massas e aos profissionais que exercem o papel de informadores do espaço público, creio que têm perante si, um grande desafio e um grande auxílio em simultâneo. Terão de saber com mais convicção qual o seu papel e quais os tramites legais e deontológicos segundo os quais se querem reger, de modo a evitar as armadilhas da rede e fazer valer o seu trabalho perante a panóplia de informação existente.

O jornalista será cada vez mais aquele que procura, aquele que filtra o que encontra e aquele que decide o que mostra, não podendo abdicar de uma formação adequada e de uma boa dose de bom senso." Mª Inês Ramos.

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