Sunday, July 22, 2007

Porque Sociologia da Comunicação continua enquanto eu for um ser Social...enquanto eu Comunicar!

Depois de um ano de Sociologia da Comunicação...


...À parte dos textos construídos para a cadeira, das reflexões sugeridas pelos temas dados, das questões que surgiram de respostas dadas nas aulas, ou das respostas resultantes de perguntas feitas nas aulas...

Estudar Sociologia da Comunicação foi saber que, durante dois semestres de aulas iria ter três horas por semana onde parar para pensar, em tudo o que me rodeia...me envolve, me toca, me faz querer avançar...recuar, passar ao lado...

"levar com a teoria", "respeitar os temas" era só um pretexto para saber os nomes que podia dar ao que ja sabia, ou ao que queria perguntar...era ter um dicionário ou um formulário para avaliar e desmontar cada dia...

Agora que ja acabei a cadeira e que, provavelmente a minha avaliação está ditada, sei que aprendi muito para além da nota que tiver e que, seja qual for, será demasiado elevada tendo em conta tudo o que ainda poderia ter descoberto ou consolidado durante as aulas se tivesse tido MAIS Tempo...ou Paciência...Concentração...Energia...Vontade!

Encontrei um texto que escrevi recentemente numa fase de rescaldo de uma experiência nada positiva, pelo menos até que a apreenda...achei que este pedacinho poderia estar no contexto...

...afinal estamos a falar de Sociologia!

"...Cada dia que passa julgo-me uma pessoa mais culta…diariamente venho aprendendo pequenas e grandes coisas com aqueles com quem me cruzo e, para grande surpresa minha, comigo mesma!

Procuramos chegar ao fim…conhecer os contornos do mundo…esquecemo-nos que mal tocámos as nossas próprias fronteiras.

(...)Erro…autodestruo-me, contesto e volto a errar!"

Recenção

Recenção elaborada a partir do livro:«JORNALISMO ELECTRÓNICO», -Internet e Reconfiguração de Práticas nas redacções; BASTOS, Hélder da editora Minerva Coimbra, 2000;”

A referida Recenção foi estruturada: A.Introdução; B.1. Apresentação desenvolvida da temática contida na obra; B.2. Posições existentes/citadas do autor da obra/autores nela referidos; B.3. Contributo da obra para o conhecimento em que se insere; C. Crítica conclusiva

Devido à complexidade e extenção da mesma apenas postei o ponto C

C.Crítica Conclusiva:

"Considero fundamental referir que perante a vastidão de informação e a complexidade que este assunto encerra, não sou capaz de fazer uma qualquer crítica minimamente merecedora de importância e confiança. Analiso esta publicação com olhos de estudante e com a visão de quem nada sabe e nada conhece acerca deste assunto, sendo que estas foram as razões base para que a minha escolha recaísse neste livro. Assim, referirei os aspectos que acredito serem de relevância para uma noção geral daquilo que um leitor anónimo pode sentir quando se depare com esta obra, sendo esta análise sempre baseada no senso comum.

Em termos de estrutura considero que a obra seja: simples (com capítulos e alíneas; com conclusões referentes a cada um e por fim o exemplo português com os devidos resultados do estudo); clara (já que há aspas e referências bibliográficas); lógica (pois parte do geral, para o particular, desde a vertente histórica até à amostra em que se centrou a investigação).

Quanto ao conteúdo, creio que é uma boa compilação das obras já editadas acerca desta temática ao longo dos seus trinta e sete anos. A certa altura senti que havia alguma repetição de ideias, por vezes quase redundância de informação, que me confundiu e baralhou, sobretudo quando era remetida para páginas anteriores ou seguintes quanto a certo ponto. Nota-se que não há uma destacada e/ou definida amostra da opinião do autor, quer por tentativa de imparcialidade ou compreensão da própria percepção do mesmo em relação à temática. Assim é difícil entender em que é que está de acordo/desacordo com os autores que refere.

À parte de tudo isto, creio que a leitura desta obra foi uma mais valia para a minha compreensão do fenómeno que é a Internet e das reais potencialidades transformadoras dos media na sociedade em que futuramente pretendo trabalhar enquanto jornalista.

Constato com alguma surpresa e um certo descontentamento, que tendo a Internet quase quarenta anos e, já no seu nascimento, haver estudiosos atentos à sua passagem, capazes de prever vantagens e desvantagens, cortes e interacções com o jornalismo e o modo com se produzem conteúdos noticiosos de modo tradicional, ainda hoje, não ser possível viver neste meio em total consonância e harmonia, não se tirar total partido das potencialidades dos utensílios criados; e não ser possível encarar com confiança e tranquilidade os caminhos e veredas que a Internet apresenta aos seus utilizadores e aqueles que fazem de si, instrumento, veículo e/ou objecto de trabalho.

Para além disso sinto que os meios de comunicação tradicionais ainda estão na fase prevista em setenta, da “simples” transcrição de conteúdos dos seus formatos habituais para o ecrã do computador; que ainda não é possível em termos económicos ter jornalistas com formação específica em computadores e jornalismo em simultâneo, trabalhando exclusivamente com informação veiculada através e para consumidores virtuais.

Volto a referir que apesar de ter chegado a estas conclusões sei que não sou a primeira e que isto em nada melhora o panorama que refiro. Que a resolução destas limitações não é fácil e que a sociedade demora a mudar, sendo que estamos em Portugal numa fase de grande transformação, sobretudo nos últimos vinte anos.

Assim, recomendo ente livro aos profissionais da comunicação, para que possam “ter à mão” todo um conjunto de observações claras e úteis sobre relação Internet vs. media, e a estudantes de comunicação para que sejam forçados a reflectir sobre a sua formação e a sua postura perante a Internet no seu dia a dia e no seu futuro trabalho.

A Internet é hoje em dia uma força transformadora e impulsionadora da sociedade, seja enquanto utensílio, instrumento, meio, serviço...cabe a cada um com a sua devida formação e estatuto nessa sociedade, usá-la e manuseá-la de forma consciente e responsável. Dentro dos possíveis, conhece-la e respeitá-la, sabendo que o futuro dos comportamentos, das vontades e do conhecimento passaram irremediavelmente por ela.

Quanto aos meios de comunicação de massas e aos profissionais que exercem o papel de informadores do espaço público, creio que têm perante si, um grande desafio e um grande auxílio em simultâneo. Terão de saber com mais convicção qual o seu papel e quais os tramites legais e deontológicos segundo os quais se querem reger, de modo a evitar as armadilhas da rede e fazer valer o seu trabalho perante a panóplia de informação existente.

O jornalista será cada vez mais aquele que procura, aquele que filtra o que encontra e aquele que decide o que mostra, não podendo abdicar de uma formação adequada e de uma boa dose de bom senso." Mª Inês Ramos.

aula prática...praticada!

Informação Solidária

«Informação Solidária»

Apresentada e Debatida na ESEC

"A docente da Escola Superior de Educação de Coimbra, Dina Cristo, levou no dia 11 de Junho, pelas 10h30 ao Auditório da Escola, o novo conceito de “Informação Solidária” para alunos e especialistas da área da Comunicação Social.

Durante cerca de três horas o conceito, os métodos e as práticas foram apresentados pelo especialista Carlos Cardoso Aveline, que marcou presença através da videoconferência, falando aos presentes a partir do Rio de Janeiro. O representante da revista CAIS, Henrique Pinto e a jornalista freelancer Gabriela Oliveira mostraram como se pode concretizar diariamente a “Informação Solidária”.

Numa plateia maioritariamente constituída por estudantes de Comunicação Social, surgiram algumas questões tanto no que diz respeito ao “novo” conceito que data já da década de setenta, como à sua empregabilidade no dia-a-dia ainda enquanto estudantes e cidadãos.

Moderadora: Docente Dina Cristo

Convidados:

Carlos Cardoso Aveline – autor do livro “Informação Solidária” (vídeoconferência)

Henrique Pinto – revista CAIS

Gabriela Oliveira – freelancer

Carlos Cardoso Aveline:

(em videoconferência directamente do Brasil, Rio de Janeiro;)

A ética como centro do dever e da conduta do jornalista;

O papel/atitude do cidadão perante a comunicação social;

“A nova era solidária do terceiro milénio, será também a era da cidadania plena.”

“Os meios de comunicação Social são cruciais neste processo de mutação de indivíduos e sociedade.”


Projecta a postura da comunicação social e do público como responsáveis activos na participação do poder.

Acredita na alteração de visões e comportamentos de uns para com os outros através da alteração de temas, da forma como os média os abordam e da forma como, serão recebidos e procurados pelos espectadores.

Prevê a diminuição da importância/domínio do poder político na construção diária da sociedade, pois caberá ao próprio cidadão reflectir sobre o estado do seu país e terá, não só competências como também interesse e esclarecimento para participar activamente.

Defende uma mudança na pirâmide das temáticas que regem as agendas e que preenchem os ouvidos e os olhos de horror. Para o autor, o Ser Humano é tendencialmente pacífico, nascido para amar e querer o bem, procurar o bem-estar, logo, capaz de superar este momento mediático em que a guerra, a morte, a desgraça e o terror são o centro dos interesses.

Henrique Pinto:

Henrique Pinto ainda não teorizou aquilo a que já chama de “Informação Solidária”. Trabalha na CAIS há mais ou menos dez anos (não sei precisar), neste momento é um dos responsáveis máximos da instituição, logo está ligado à maioria das acções CAIS.

Partilhou com a audiência a sua vida enquanto CAIS e só através dela podemos chegar ao Henrique como pessoa.

A CAIS é hoje mais do que uma publicação mensal, um organismo vivo da qual depende a saúde mental e muitas vezes física de umas dezenas ou centenas de pessoas.

A CAIS vai ao encontro dos que vivem na rua...dos que procuram uma oportunidade para regressar ao seu caminho (irónico mas verídico...estão na rua mas não sabem o caminho).

A CAIS custa actualmente 2 euros, é vendida por pessoas que não tinham condições para sobreviver autonomamente, quer por problemas de saúde, que por acidentes, etc.

A revista era inicialmente gratuita mas as despesas que acarreta impediam o projecto de seguir e foi necessário reverter a situação para evitar a “falência”. Ainda assim, 70% da venda de cada revista vai para o vendedor, 15% para as despesas de produção, 15% para a CAIS.

Henrique Pinto viajou por vários países onde viveu e onde olhou e viu o que se passava à sua volta. Em Portugal quis usar essas experiências e o seu conhecimento, tanto pessoal como intelectual para fazer algo pelos que viu “excluídos”.

Conseguimos apercebemo-nos que é um homem de palavras fáceis, discurso fluido mas cuja mensagem tem de ser ouvida pausadamente e com alguma reflexão. Faz de realidades complexas, formas e simples resoluções, de grandes problemas, pequenos desafios que considera serem facilmente ultrapassados com a ajuda e vontade de todos.

Dá a cara e corpo não só por causas mas por consequências, não só pela entidade, mas pelas identidades que dela dependem e que nela se formam.

Conhece o valor dessas pessoas e sabe que no futuro poderão retribuir socialmente para o bem que, com a ajuda da CAIS e de todos, podem dela receber agora, quando precisam.

Henrique Pinto veio fundamentalmente dizer que a revista CAIS não é simplesmente uma publicação mensal feita em papel reciclado, vendida por pessoas maioritariamente excluídas da sociedade a que pertencem.

Veio mostrar que a revista CAIS é uma instituição em que pessoas trabalham por e para pessoas, sobre temas que dizem respeito a todas as pessoas, que afectam e intervêm na vida das pessoas, com o “bónus” de poderem melhorar a forma de estar e a conduta de outras pessoas (as que vendem e a que compram se souberem ver).

Para mim, Henrique Pinto é o espelho e o reflexo da CAIS, é um CAIS e um Navio que continua a transformar mentalidades e sobretudo a contribuir para a alteração de presentes e futuros.

Gabriela Oliveira:

Trabalha como freelancer tendo participado com reportagens em jornais e revistas como o JN e o Expresso.

Nunca tinha ouvido falar do conceito de “Informação Solidária”.

Aqui está uma diferença entre esta convidada e os outros: Carlos Cardoso conhece e estuda o movimento, Henrique Pinto trabalha numa área em que à prior se poderia juntar o conceito de “informação”, neste caso na revista e “solidariedade” na acepção mais comum da palavra. Já Gabriela, considerava apenas que como qualquer outro jornalista fazia o seu trabalho. Talvez soubesse ou sentisse que tinha tendência para querer abordar temas difíceis, pouco atraentes ao lucro, desconfortáveis...coisa de freelancer que não gosta de estar sujeito a rotinas e agenda mediática, a temas “pré-datados”, “meta-acontecimentos”, etc.

Foi realmente cativante ver que não tem de se possuir rótulos, que se pode ser “simplesmente” jornalista, fazer de forma “isenta e objectiva” a nossa obrigação e mesmo assim, estar a fazer mais, estar a fazer melhor, estar a fazer certo. Abordar com imparcialidades temas escolhidos com “sentido crítico”.

Sensibilizou-me a simplicidade e a ternura com que apresentou alguns dos seus trabalhos e a firmeza e frontalidade com que relatou a forma como encara um trabalho desde que o pensa até que o publica. Desde a construção e busca da informação até ao confronto, nem sempre pacífico com as entidades que depois lho compram e publicam.

Mais uma vez foi referida a importância de cada um “fazer a sua parte”, construir com o que está ao seu alcance, dar o seu contributo.

Falou-se de novo do estar atento, ser activo, intervir, usar a sua voz, recorrer aos meios que nos podem dar essa voz."

p.s.: esta sessão foi organizada pela docente Dina Cristo tendo sido completada e acompanhada pelos alunos de Sociologia da Comunicação, sobretudo pelos alunos Bruno Castro e Sandra Silva.

exercício de aula...

"Aula de Sociologia da Comunicação recebe visita

Luís Pato fala sobre o futuro dos Média em formatos, conteúdos e acessos

O profissional da Televisão, investigador e professor, Luís Pato, foi dia 22 de Maio, extraordinariamente à aula de Sociologia da Comunicação do terceiro ano de Comunicação Social da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), para expor aos alunos algumas das conclusões a que chegou na sua Tese de Mestrado sobre os Meios Audiovisuais, e justificar a sua opinião quanto ao futuro dos «Média», tanto em relação aos formatos, como aos conteúdos e à forma como cada um vai ter acesso a eles.

Luís Pato começou por referir que: «A TV “tradicional” como a conhecemos tem os dias contados...a realidade muda, a TV será genericamente pensada para um público específico. Assim, terá de se adaptar tanto em formatos como em conteúdos.»

O «Futuro: multiplicidade de ecrãs- tv, telemóvel, mp3, mp4 (Ipod); Convergência entre TV/cinema, Internet e multimédia;»

Quanto ao Futuro, diz estar por Lei previsto que para 2010 a TV digital terrestre passe pela abertura da banda a 150 canais que cubram todo o território; IPTV- Internet Protocol Television, que consiste em ter mais serviços, por um menor custo;

Acredita que estes canais serão à luz de exemplos como: Famalicão TV (TV regional pela Internet), ou as existentes no Alentejo, Algarve e Açores; em que a televisão sobrevive por pagamento à peça,

Realçou o facto de ainda se verificarem desajustes ou mesmo ausência de formatos adaptados em casos como a TV mobile (nos telemóveis) ou “pseudo” jornais online (desadequados em temos de formato).

Introduziu na apresentação o conceito de «Crossmedia», advertindo que o que este conceito significa hoje é, em grande parte fruto de uma herança de civilizações como a dos Romanos, definindo-o como sendo “Diferentes manifestações comunicacionais que nos mostram a mesma realidade”. “O Big Brother foi o primeiro programa em crossmedia: imprensa, TV, mensagens de telemóvel, Internet.”

Deixou aos alunos a ideia de que, de acordo com os dados adquiridos e as previsões:

“Nós público, é que vamos construir a nossa própria realidade audiovisual”;

“Jamais seremos o Portugal sentado, seremos os produtores dos nossos conteúdos”."

p.s.: Apontamentos e construção do texto: MI Ramos.

Notícia (exercício prático)

"Sara Meireles apresenta o seu livro «Jornalistas Portugueses» na ESEC

Na segunda-feira dia quatro de Junho, a docente da Escola Superior de Educação de Coimbra, Sara Meireles, apresentou no Auditório da Instituição, pela mão da Editora Minerva Coimbra, o seu livro «Jornalistas Portugueses» por volta das 14h30.

A sessão foi iniciada pela moderadora Isabel Calado também docente na ESEC. Seguiu-se a intervenção do professor do ISCTE, José Luís Garcia, orientador da autora na tese de mestrado da qual resultou a obra apresentada.

José Luís Garcia falou acerca do papel do jornalista no jornalismo e do jornalismo na sociedade, considerando que “…o valor da informação pública é inalienável para as sociedades democráticas…”. Atribui ao panorama actual dos média uma metáfora dizendo que:”A actividade está entre a espada (tecnologias) e a parede (as aspirações do mercado); Outra espada é o mercado de quem é dono, sendo a parede, o mercado de quem compra, o leitor. Ter de se dar às pessoas aquilo que elas querem...não é esse o papel do jornalismo. Há que encontrar o ponto de equilíbrio.”

Para o professor e investigador, a novas tecnologias não têm trazido só vantagens para a actividade jornalística. “O facto de haver mais tecnologias de comunicação não justifica que haja mais comunicações;”, “As tecnologias da comunicação não são sinónimo de bem social;”, “Não temos de nos adaptar a todas as mudanças.”. Olha para o papel do jornalista com uma perspectiva crítica: “A perspectiva crítica cobra do jornalismo, perante a realidade das tecnologias/mercado, dada a fraca responsabilidade social”.

“Não devemos prescindir da camada profissional dos jornalistas, com um ideal cívico, que não se dissolva nas necessidades do mercado, que conceba ideias do nosso tempo, preocupado com o bem-estar democrático, onde a responsabilidade social tem como destino o mundo social.”

A jornalista Leonete Botelho também teceu algumas considerações em relação a estas problemáticas, assim como ao livro e ao próprio percurso da autora desde que a conheceu ainda enquanto estagiária. Referiu que na sua opinião estamos perante uma “cultura-lego” em que cada um se vê na possibilidade de montar para si o que da sociedade mais lhe convier.

A sessão acabou por se prolongar na discussão entre intervenientes acerca dos pontos levantados na mesa. Foi ainda aberto o debate à plateia."

p.S.: devido a problemas de incompatibilidade a fotografia da sessão não foi postada.

Breve (exercício prático)

"

Ensino Superior

ESEC comemora o Dia Mundial da Imprensa

Foto: Sandra Silva

Esta sexta-feira, dia 13 de Abril comemora-se o Dia Mundial da Imprensa. Para assinalar a data, a Escola Superior de Educação organiza um debate sobre a Imprensa em Portugal que está previsto para as 16h00.

Representantes dos diários «A Bola», «Diário de Notícias», «Público», «As Beiras» e «Diário de Coimbra» são convidados a falar aos presentes sobre a evolução da Imprensa em Portugal, a convivência do meio mais antigo com os novos meios de comunicação electrónicos, assim como a alteração do papel da imprensa e do próprio jornalista perante os novos utensílios.

Esta sessão é sobretudo direccionada aos alunos de comunicação social da instituição, mas será aberta a toda a comunidade."

p.s.: devido a problemas de incompatibilidade a fotografia da sessão não foi postada.

exercício de aula...

Estar Acerca Poder

Podemos Privilegiado Pormenores

Pretendem Distinguia Muitas vezes

Práticas Persuadir Prosseguiu-se

Incidem Facilmente Pressionar

Despertarem x tempo

Começo por referir que, não sendo “filha” da «sociedade de informação» (talvez irmã ou prima), tenho alguma dificuldade em saber o que existia antes e de como me posiciono perante esta realidade.

Até ao momento nunca tinha pensado que existiria uma dicotomia chamada Sociedade de Informação vs. Sociedade de Comunicação e que tais conceitos pudessem estar tão directamente relacionados com a realidade que nos circunda.

A sociedade de informação pretende a uniformização de formas e conteúdos, a padronização de práticas e da própria realidade;

Esta sociedade está assente na generalização de informação e potencializada a chegar a um maior número de pessoas;

“Informação é aquilo que forma/ que dá estrutura social”. O problema incide quando a inserção não é feita de forma sucessiva e voluntária, formando-se assim uma situação em que teoricamente há uniformização, mas em que não se trata de se despertarem interesses comuns, sendo que há um clima de pressão em que se presencia uma “Sociedade de adesão forçada” Dina Cristo. A “Integração não desejada intimamente” leva a que mais cedo ou mais tarde possa criar-se um clima de tensão que, pode culminar num corte ou numa espécie de revolução que proteste repentinamente contra esta forma de se transmitir a cultura e identidade de uma sociedade.

Esta sociedade de informação propõe uma nova forma de comunicação: as Novas Tecnologias da Comunicação; a inovação ligada à criatividade trazendo uma nova dicotomia de formas: a desmaterialização de conteúdos incluindo do próprio indivíduo.

Chegámos ao ponto em que tudo o que não tenha expressão digital está fora do “Portugal Moderno”.

Mantém-se a predominância do poder nas mãos de quem tem acesso às propostas desta capacidade de renovar e criar algo com valor acrescentado.

Não esquecendo a “Sociedade de Comunicação”, que procura a unificação, a relação liberta, a diversidade e a teoria como base para a troca eficaz de conteúdos entre sujeitos, empresas, etc. Com o tempo esta sociedade foi enfraquecendo e hoje em dia é tida como uma utopia. Os críticos mais acérrimos dizem até que a sociedade de informação foi concebida para que não haja comunicação, logo todas as premissas da sociedade de comunicação ficam ceifadas desde a sua origem, e impedidas de acontecer.

Exercício de aula. MIRamos

Dia Mundial da Saúde e Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho

Hoje em Coimbra

“I Jornadas de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho” na ESEC

Hoje, quarta-feira dia 18 de Abril, pode assistir e participar gratuitamente nas “I Jornadas de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho”, a realizar das 10h00 às 16h30 no Auditório da Escola Superior de Educação, pelas mãos da psicóloga da instituição, Dra. Catarina Neves.

Esta sessão tem como objectivos comemorar o Dia Mundial da Saúde e o dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho; Consciencializar para o papel dos agentes educativos na promoção de uma cultura de prevenção; Divulgar o Programa Nacional de Educação, Saúde e Segurança no Trabalho, assim como sensibilizar a Comunidade para a problemática da Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho.

Serão distribuídas umas sacolas com folhetos informativos acerca das associações. Na sessão de abertura poderá contar-se com a presença do presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Dr. Torres Farinha, o presidente do Concelho Directivo da ESEC, Dr. João Orvalho, assim como responsáveis das várias associações.

Sobre a associação de Prevenção de Consumos Recreativos em Meios Juvenis, o Dr. Fernando Mendes apresenta algumas conclusões de um estudo acerca dos comportamentos dos adolescentes e jovens da região centro, da mudança de valores e rituais, do consumo de substâncias lícitas e ilícitas, assim como o conhecimento em relação a comportamentos de risco. (contacto: www.irefrea.org ou irefrea@netcabo.pt)

Para representar a Associação para a Prevenção e Saúde no Trabalho, a Dra. Ana Paula Rosa, desmonta e concretiza o panorama das empresas especificado sobretudo, o que acontece nos estabelecimentos do ensino básico.

Da parte da tarde poderá ainda comparecer a uma intervenção do Prof. Doutor Machado Caetano – da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, e Presidente Honorário da FPCCSIDA, que pretende abordar a SIDA em Portugal, focando-se nas Perspectivas para os jovens. (Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a SIDA” do Centro: Av. Bissaya Barreto 3000-076 Coimbra, Tel.: 239 483 119/ 96 902 11 01).

Friday, July 20, 2007

A Sociedade do Efémero e do Vazio

«De que estamos cheios

-incapacidade de sentir

-pudor sentimental

-hiper-investimento no “eu”

-desejo de reconhecimento

-apatia/insensibilidade

-auto-protecção

«De que estamos vazios

-de solidariedade

-do desejo de partilha

-de emotividade

-altruísmo

-de uma consciência equilibrada

-de alma


“O ser que luta pela sua identidade está a despertar” Dina Cristo

O círculo do egocentrismo e da onda das modas está a reverter-se. De tanto nos habituarmos a ser o que a maioria ou uma minoria que desconhecemos quer que se sejamos, está a cansar mentalidades. Sentimos cada vez mais uma “extrodeterminação”, que é mais forte que a nossa consciência, que age para além da nossa vontade, que grita pela diferenciação.

De repente tornou-se “normal” ser “diferente”, isto é, passou a ser encarado pela “maioria” como sendo usual a “diversidade de estilos” e a conjugação dos vários acessórios que aos olhos dos “outros” nos caracterizam.

De tanto querermos sair da massa, dar o grito de revolta, sair da catalogação de géneros, comportamentos, classes sociais, tornamo-nos iguais a eles…iguais pelo menos na indiferença…na apatia!

Agora o apelo é à “reciclagem corporal”, uma nova versão do “mente sã em corpo são”, uma espécie de “mente aceite em corpo bem parecido”, em que o que importa são as aparências, em que até podemos ser um pouco caricatos, ter um pouco de atrevimento ou até sermos uma nadinha inconvenientes, mostrar alguma “personalidade” na multidão, desde que cultivemos os mesmos hábitos, desde que frequentemos os mesmos lugares, desde que aparentemente isso seja normal.

“O culto pela liberdade pessoal: a procura do interesse próprio e da realização dos seus desejos.”

Começa a ser agora possível, mesmo que disfarçadamente, ambicionar e procurar aquilo que somos para além do que querem que sejamos.

Escolher a direcção a tomar…o leque de opções e oportunidades abre-se e a noção de “sonho” é oferecida como resposta à «realização pessoal».

Acreditamos que finalmente poderemos “ser nós mesmos” sem rótulos nem receitas, que na sociedade haverá um cantinho à nossa medida, ou que esta nos “encherá as medidas”.

MAS, por todo o lado há solicitações, os padrões de liberdade aumentam consigo os padrões de exigência e essa mesma sociedade que apela aos nossos sentidos e aos nossos desejos de auto-satisfação.

É essa sociedade que diz permitir-nos uma “cultura-lego” e que somos nós os construtores da nossa vida com peças das mais variadas formas, diz-nos quais as peças que entram no jogo, as cores que têm quais as ranhuras que encaixam em quais das parcelas dessa mesma sociedade.

Damos a volta e voltamos ao mesmo, queremos ser diferentes escolhendo as diferenças que nos sugerem, queremos ser iguais a algo que não criámos…e esquecemo-nos de ser uns para os outros!

P.S.: Quando em miúda me comecei a aperceber de "mim", da minha pessoa, do "eu" que existia dentro do corpo com que existia, que me imaginei e me desejei diferente de todos...apesar de ver que mesmo fisicamente não havia alguém igual a mim, temia por essa pessoa que pensava dentro do corpo que brincava.
Depois, na adolescência fui tomando cada vez mais a consciência de que de facto estava a conseguir ver os resultados desse meu investimento da diferenciação...e não estavam a ser agradáveis...de um momento para o outro a vida obrigou-me a ser diferente...
transformou-me mais do que eu queria...
mais do que eu deixei...e cheguei a desejar de tal forma ser "simpesmente normal" que reneguei e repudiei a minha própria originalidade...
Agora ando de novo nos caminhos do único...retorno aos dias aurios de infância em que achava poder ser quem eu quizesse, em que, cheguei muitas vezes a conseguir querer ser...aquilo que já era!

Breve (exercício prático)









REGIONAL

Avaria no Regional da CP atrasa o percurso 45 minutos

"Ontem à noite, sexta-feira, o Regional da CP que fazia o seu percurso Coimbra-Aveiro pelas 22h06, acabou por ter de interromper o seu percurso devido a uma avaria na catenária.

Quando se aproximava da paragem na Pampilhosa, o comboio avariou-se e acabou mesmo por ter de parar. Os passageiros foram avisados da avaria mas essa foi a única informação fornecida pelos serviços.

Sem quaisquer tipo de danos, o comboio retomou a sua marcha a caminho do Aveiro tendo terminado o seu percurso com 45 minutos de atraso.

Segundo alguns passageiros, não é a primeira vez que este tipo de avarias acontece nos últimos meses.

Quando contactados, os serviços informativos da CP não quiseram prestar esclarecimentos acerca do assunto."

p.s.: fazia a viagem entre Coimbra e Aveiro nesta noite de sexta-feira. o comboio de facto parou e deram aos passageiros através da rádio a informação de que tinha ocorrido um problema na catenária. não explicaram o que isso queria dizer de facto ou quanto tempo isso implicaria de atraso até aos vários destinos mas só escrevi esta breve para me entreter enquanto a bateria do pc se aguentou. Ouvi alguns passageiros comentar que há várias semanas que alguns comboios andavam com problemas mas não interpelei ninguém nem procurei a CP para esclarecimentos.
(apesar de saber que seria o que teria de fazer para plubicar algo deste género)

a fotografia também é da minha autoria mas não foi tirada no dia do incidente.

Breve

“Para que servem os blogs? – «Para lá dos blogs»”

Mª Inês Ramos

"A livraria Almedina recebeu ontem, terça-feira, às 21 horas, mais uma sessão da jornada “Para que servem os blogs?”. Desta vez o tema foi «Para além dos blogs», apresentado pelos especialistas Clara Santos (professora na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) e Francisco Amaral (professor na Escola Superior de Educação de Coimbra). Falaram aos presentes, durante cerca de duas horas, debatendo o papel dos blogs no panorama mediático, a sua influência nas rotinas noticiosas, a sua vertente de investigação, entre outras potencialidades desta nova possibilidade tecnológica.

Entre os presentes encontravam-se oradores de sessões anteriores como a Dra. Inês Amaral, (docente no Instituto Miguel Torga), outros especialistas da área, alunos, cibernautas, assim com consumidores dos Média tradicionais que optam por se manter afastados dos blogs.

Esta foi a quarta e última das sessões subordinadas a este tema, organizadas e ocorridas na livraria Almedina, desde Janeiro."

Notícia


Minerva Coimbra publica novo exemplar da colecção Comunicação

“Sigilo Profissional em Risco” apresentado na Casa da Cultura

Mª Inês Ramos

"Pelas mãos da editora Minerva Coimbra, ontem, terça-feira dia 20 de Março, Helena de Sousa Freitas apresentou o seu livro “Sigilo Profissional em Risco”, na Casa da Cultura, pelas 17 horas.

Dezenas de alunos, professores e outros profissionais da área da comunicação social, reuniram-se nesta sessão não só para assistir à apresentação deste livro, mas também para ouvir a opinião do docente da Universidade de Coimbra, António Marinho Pinto e o jornalista Manso Preto, assim como a de Helena Freitas sobre a legislação e os julgamentos que, actualmente levam jornalistas à barra dos tribunais devido ao sigilo profissional.

António Marinho e Pinto, advogado e professor de jornalismo fez a sua crítica ao livro, referindo que lhe falta uma abordagem histórica. Falou aos presentes da antiga lei, das relações com as fontes e do sigilo profissional perante a actual legislação.

Segundo a autora, “Sigilo profissional em Risco” está divido em três partes: a legislação sobre o sigilo profissional; o caso Manso Preto e um contexto geral acerca dos casos decorridos no período de análise da autora (entre 2003 e 2005).

José Luís Manso Preto, que em 2004 foi condenado por se ter negado a referir em tribunal o nome de uma fonte sigilosa, esteve presente por ser um dos casos referidos no livro publicado, entre a pesquisa da autora, contudo, devido a um mau estar, acabou por ter de se retirar precocemente sem, com isso ter dado o seu testemunho.

Até ao fecho desta edição não houve notícia de que Manso Preto tenha sido hospitalizado."

«"Opinião pública"-"opinião publicada" na Imprensa»

A noção de "opinião pública" e a sua veiculação nos “média”, nomeadamente na Imprensa, é um produto directo da revolução industrial.

Criou-se a noção de “Liberdade de Expressão” e “Liberdade de Imprensa”. Das mais variadas camadas da sociedade, surgem grupos opinativos assim como figuras individuais, cujas opiniões veiculas são capazes de direccionar sociedades (“opinion makers”)!

Formal vs. Real

Burguesa vs. Socialista

Segundo a teoria da acção comunicativa de Jurgen Habermas, o capitalismo é bom porque produz riqueza, contudo, gera crises económicas. Através da “esfera pública” tenta solucionar essas crises.

Para que haja uma decisão colectiva é preciso um maior envolvimento participativo e uma renovação dessa esfera pública.

Para este sociólogo, a sociedade da cultura de massas perdeu a diversidade devido aos produtos estandardizados e pouco exigentes, dando aos indivíduos um pensamento dependente e acrítico. Dá-se o desaparecimento da arte já dominada pela comercialização.

Espaço público pressupõe então a possibilidade de exposição pública, em que os temas são do interesse do público e com público interesse a serem debatidos.

Diz-se que o espaço público é a forma mais “democrática” de se fazer “democracia”, pois através dele, todos podem participar de forma activa na construção da opinião que parte e chega a todos. Esta noção pode ser confortante para uns, inquietante para outros, na maioria das vezes, acaba por ser ilusória e impraticada!

Razão vs. Emoção

“O espaço público é o campo de mediação de interesses, de forças sociais contraditórias, mediador na gestão simbólica das relações sociais.”

A “Liberdade intelectual” dá a ideia de uma certa publicidade, já que parece permitir a dissolução do segredo de justiça e do que é interdito.

Foi valorizado, de ambos os lados, o que era “público”.

discrepância entre a "opinião pública" e a "opinião publicada" dada a heterogeneidade de correntes opinativas, e os diferentes tipos de opinião, sendo que nada é estável.

Assiste-se a um ciclo mediático de opinião pública, em que o publico diz nos “média” o que pensa, sendo que, o que pensa é-lhe dado pelos “média”. Gera-se assim uma corrente de opinião sem início nem fim, em que se cria a ilusão de posse de opinião e da livre criação e mediação da mesma.

As mentalidades vão-se moldando à imagem dos tempos, sem que nos apercebamos estamos a inverter valores, a deturpar opiniões, a influenciar massificadamente.

Cada um pensa ser cada vez mais autónomo e estar a fugir da massa, quando está irredutivelmente mais absorvido e manipulado.

Os “novos média” são uma forma perigosa de dar ao “todo” a possibilidade de aceder a informações anteriormente só possíveis a profissionais, assim como o tratamento dessa mesma informação, e a divulgação final dos mesmos.

Começa a criar-se a ideia de que todos podem produzir conteúdos informativos e que passaram a fazer parte dessa parcela da sociedade que “controla” a organização do Estado.

Mas este é um tema para futuros trabalhos, com as novas temáticas das aulas.

“Em plena demagogia é que se cria o sentido de autoridade.” Dina Cristo (docente)

«Relações Higiénicas»

A Comunicação como elemento básico da relação social

Propus-me fazer algo sobre o tema depois da aula de sociologia...umas citações aqui, umas divagações ali, a aula correu como sempre, por mais que haja cansaço, sempre há algo que fica, ou pela retina ou pelo tímpano, enfim...

A frase sobre a comunicação:

«O grande “mantedor” social» Dina Cristo (docente)

Como seres sociais dependemos uns dos outros para sobreviver e, é comunicando uns com os outros que podemos realizar com eficácia o nosso papel social. A comunicação vitaliza a relação social. Esta relação pode ser verbal e não-verbal.

“Somos monadas obcecadas pela comunhão.” Georges Steiner

O autor de hoje diz-nos que já não somos pessoas, células, tão pouco, massa. Agora apresenta o ser social como “monada”.

Resolvi então que esta podia ser uma forma de explicar a forma como, no dia-a-dia distinguimos através do cumprimento a forma como tratamos quem nos rodeia consoante o nível de intimidade que temos com cada um.

Todos os dias, a toda a hora exercemos a nossa força social (cada um consoante o seu estatuto), o local onde se encontra e as funções que assume, exterioriza de diversas formas essa força. Como a comunicação vitaliza a relação social o cumprimento é uma dessas formas de força social.

Assim, dizemos automaticamente:

- «Bom dia,

- Está tudo bem?»; ou

- «Olá,

- Estás bom?»;

(...)
A importância do pressuposto, das convenções e do implícito estão patentes neste cumprimento.

Por vezes, se a pessoa a quem cumprimentamos não nos é próxima, acabamos por nem sequer esperar resposta, ou esta, chega até a não existir pela concordância geral desta conduta.

Fazemo-lo pela negação à ideia de se ser tecnicamente “mal-educado”, acabando por construir um acto comunicativo falhado.

Neste “teatro” quotidiano em que cada um constrói o seu papel de “leagel alien” dentro das linhas comportamentais da sociedade em que se insere...cria-se um guião direccionado por alguém que não se vê...talvez o governo, talvez as instituições, talvez o dinheiro, talvez o poder...talvez o medo, ou simplesmente a indiferença!

Olhando os apontamentos encontro mais umas linhas paralelas à matéria...uns quantos rabiscos remetem-me para umas quantas palavrinhas:


Invenção vs. Convenção

Estar vs. Integrar

Ser vs. Pertencer

Acontece que durante a aula de sociologia cheguei a estas dicotomias, em grande parte cativada pelas palavras em si e pelo meu gosto pessoal em as questionar e em invadir a sua forma, descobrindo o que escondem por trás das utilizações que lhes damos.

Decidi então reflectir sobre elas. Durante o tempo em que tentava elaborar este trabalho, assisti ao programa da “A Dois”, “sociedade civil”, apresentado pela Fernanda Freitas, em que Fernando Carvalho Rodrigues, Engenheiro Físico, tecia algumas considerações sobre o futuro e as formas de comunicação (não sei ao certo o tema, mas falava-se muito de tudo isto e acabei por ficar atenta a tirar notas ao longo do programa).

“A partir do telégrafo nós separámos informação de comunicação, substituímos o mensageiro físico pelo comunicador ausente.”

Devo confessar que perante esta afirmação tive de reflectir durante algum tempo. Ainda não sei se concordo ou se discordo, não tenho conhecimento suficiente para tomar uma posição, não vivi a realidade anterior a este invento, nem tenho bem a noção do que este implicou na realidade que se seguiu e à qual assisto.

Creio que posso interligar a questão da comunicação programada e do “olá sem resposta” com esta reflexão sobre a separação da informação e da comunicação a partir do telégrafo.

O telégrafo é uma “invenção” Humana, logo, enquanto “invenção” foi criada com o intuito de se “integrar” no processo comunicativo.

Também as formas de cumprimento foram convencionadas pelas diversas sociedades. Não só estão na sociedade, como integram os seus usos e costumes. Não só são uma forma de comunicação como pertencem ao rol de actos convencionados propositadamente e, que de forma ordenada seguimos durante o processo comunicativo com os outros, por exemplo numa conversa.

Quando a integração dos novos conceitos ou convenções sociais não é bem conseguida e acontece que há um “estar” e não um “integrar”, há um “ser” mas não um “pertencer”, logo, trata-se de um acto comunicativo em que a sociedade envolve a convenção mas não a absorve!

No caso específico que quis referir quanto à comunicação, pretendo dizer, que me entristece bastante observar que cada vez mais as pessoas se relacionam num nível afectivo muito superficial e cujos “custos” a pagar para um bom relacionamento são cada vez mais baixos, no sentido que as pessoas não estão pré-dispostas a investir emocional, económica e até intelectualmente nos outros. Se ter uma relação de amizade, de amor, de trabalho, de desporto, etc...exigir que cada um tenha de abdicar de algo que é seu, seja tempo, dinheiro, descanso, ou outra coisa qualquer, as pessoas desistem dos outros como quem muda de local onde costuma tomar café, ou simplesmente como quem decide por que faixa da estrada quer andar.

Envolvem-se, relacionam-se, fazem o que essa relação exige que se faça e depois, desprendem-se dos laços e partem para uma nova investida, mais uma vez só e, exclusivamente se for do seu interesse até que novos valores se levantem!

Ex. hipotético: há uma cadeira que exige um grupo de 5 pessoas para o primeiro semestre. Alguém que, por mera sobrevivência costuma fazer a sua rotina, casa-escola e escola-casa com uma só colega (necessidade básica de companhia), vê-se na necessidade de juntar mais três pessoas aquele grupo.

Quem escolher se não se relaciona normalmente com mais ninguém?

A reacção normal destas pessoas, será “encostar-se” a alguém que preencha os requisitos para a necessidade de tirar uma boa nota.

Um bom aluno, alguém que trabalhe e alguém que se dê bem com todos.

Depois, acaba o trabalho, acaba o semestre, acaba a relação.

Deixa de se falar, sair, conviver com essas três pessoas como anteriormente, sem que nada dentro destas tenha ficado da convivência rápida mas intensa (como os trabalhos de faculdade geralmente exigem).

Chamo a exemplos como estes, “relações higiénicas”. Relações que como as vacinas de rotina, ou os medíocres comprimidos para a constipação, se tomam quando há necessidade, usam-se luvas, seringas novas, agulhas e depois, com toda a segurança, faz-se o que há a fazer e tudo acaba, sem nada mais.

Não me vou prolongar mais com este raciocínio pois creio ter sido clara através dos meus exemplos.

Concluindo, quem quase andou, ainda está aparado, quem quase aprendeu ainda está na ignorância, quem quase fez amigos ainda tem cerimónias, quem quase discutiu, ainda tem palavras na garganta, quem quase deu, ainda possui…

Assim, a “comunicação” só passa do “quase” quando há “relação”; comunicar é criar uma relação e as relações só se criam após vários actos comunicacionais. As pessoas continuam a insistir em comunicar sem se relacionarem com os outros, vivendo na ignorância de actos falhados!

Thursday, July 19, 2007

Suicídio

Suicídio: s.m. acto ou efeito de suicidar-se; morte dada a si mesmo; (fig.) desgraça ou ruína causada a si próprio por falta de juízo, má administração, etc. (do Latim sui, «de si» + -cidiu, de caedere, «matar».)

Resolvi consultar o dicionário da Língua Portuguesa que tenho em casa (já não é muito actual, mas como o suicídio também já não é nada de novo)...como se pode verificar, é um acto, o efeito é a morte que alguém dá a si mesmo...eu diria “provoca” mas parece que dar algo a alguém parece sempre bem! O que mais me surpreendeu nesta definição foi o facto do dicionário adiantar causas para o suicídio!

À parte das formas como se efectuam os suicídios, o que é certo é que anualmente há em todo o Mundo, pessoas que decidem acabar com a sua vida!!! Muitas vezes o suicídio não é uma escolha, e uma saída...

Será o suicídio um acto individual?

A resposta que vou adiantar para a minha pergunta é a minha opinião (pelo menos por agora). Para a construir baseio-me apenas na minha experiência e nas relações que tive anteriormente.

Para mim o suicídio é um "acto social" numa acessão lata da palavra acto...matar não é só pressionar o gatilho, espetar a faca, apertar o pescoço, envenenar...há muitas formas de acabar com a vida que vão para além dos actos!!!

Infelizmente quase toda a gente conhece alguém que pensou, tentou ou cometeu suicídio! Apesar de ser um tema pouco falado na nossa sociedade e não ser frequentemente tema de amigos, creio que a sua presença é uma constante. Não acho que tenhamos de viver obcecados com as incertezas, os medos ou outros sentimentos que nos façam sentir rejeitados. Não acho saudável também que os nossos dias sejam a olhar tudo e todos tentando adivinhar em que momento alguém ao nosso lado pode estar a pensar em suicídio, mas aquilo que se passa à nossa volta tem sim de ser parte da nossa obrigação, e sobretudo junto daqueles com quem convivemos, deve haver uma atenção especial às palavras, aos pequenos gestos, aos olhares, a pequenos indícios de mau estar ou às pequenas “vitaminas” e “anti depressivos” que diariamente podemos levar aos outros.

Talvez por egoísmo, por precaução ou porque até tenho alguma tendência para ficar negativa, não vou reflectir muito mais sobre este tema, tentarei, dentro do que já interiorizei fazer algo onde estou...e porque falar em suicídio implica falar de vida...

“Não fique no meio do caminho” PJK

Anseio de Viver

Pais…

Irmãos…

Avós…

Tios…

Primos…

Amigos…

Escola…

Trabalho…

Trabalho social…



“O importante não é acertar, é ter a coragem de escolher”

Escolhe VIVER!

P.S.: para completar este texto fiz algumas montagens com fotografias que me relembram momentos e pessoas que me fazem manter viva a vontade de viver! por motivos de compatibilidade essas imagens não vão ser inseridas no blog. O meu pedido de desculpas.

Força Social...observável/invisível?

“A pressão e a repressão vão desde o olhar recriminador à pressão ou morte”

No seguimento da procura das fronteiras internas e externas criadas pelas influências dos fenómenos sociais e da dimensão individual de cada um, procurei um exemplo de cada tipo de força social: uma implícita e outra explícita.

Força social evidente: observável

Praxe na ESEC, Out.06;

Imagem de Mª Inês Ramos;

Escolhi a praxe como representação explícita da força social porque, todos os comportamentos são direccionados pela parcela com a “força” ou o “poder”;

Neste caso esta posição é concedida por tradições sociais, aceites pelos membros que constituem o núcleo social em que os rituais se efectuam; a homogeneidade é uma clara consequência da força social, em que os indivíduos desejam entrar e pertencer ao todo;

Cada “caloiro” age individualmente mas a forma como actua é semelhante à dos outros “caloiros”, logo a interacção entre eles é controlada pelos “doutores” e está patente a “punição”, portanto pressão ou repressão perante comportamentos “desviantes”;

Independentemente de ser contestável ou não, esta tradição académica exerce anualmente sobre novos estudantes a sua força;

Escolhi como exemplo de Força Social implícita a ida de jovens de todo o Mundo a Colónia, em Agosto de 2005;

A força que fez milhões de pessoas juntarem centenas de euros (consoante os locais de origem) para estar durante um dia e uma noite com o Papa faz com que seja extraordinária a força social;

Cada um fez o seu percurso individual desde a decisão de ida, e tudo o que isso implica, até à forma como sentiu dentro de si a experiência, contudo é a força que a Igreja, Deus, os grupos de amigos, família, etc, que fizeram com essa vontade e essa disponibilidade fosse direccionada para este acontecimento;

Neste caso, não um incentivo ou recriminação directos para que alguém grite, reze, caminhe...no entanto todos sabem para onde vão e para o que vão, e vão juntos;

Força social Interiorizada: implícita

Jornadas Mundiais da Juventude, Colónia Ago.05,

Fotografia tirada por 1 membro do grupo de jovens do Movimento Apostólico de Schoensttat da diocese de Aveiro;

p.s.: fotografias não disponíveis no blog por motivos de incompatibilidade