Sunday, July 22, 2007

Notícia (exercício prático)

"Sara Meireles apresenta o seu livro «Jornalistas Portugueses» na ESEC

Na segunda-feira dia quatro de Junho, a docente da Escola Superior de Educação de Coimbra, Sara Meireles, apresentou no Auditório da Instituição, pela mão da Editora Minerva Coimbra, o seu livro «Jornalistas Portugueses» por volta das 14h30.

A sessão foi iniciada pela moderadora Isabel Calado também docente na ESEC. Seguiu-se a intervenção do professor do ISCTE, José Luís Garcia, orientador da autora na tese de mestrado da qual resultou a obra apresentada.

José Luís Garcia falou acerca do papel do jornalista no jornalismo e do jornalismo na sociedade, considerando que “…o valor da informação pública é inalienável para as sociedades democráticas…”. Atribui ao panorama actual dos média uma metáfora dizendo que:”A actividade está entre a espada (tecnologias) e a parede (as aspirações do mercado); Outra espada é o mercado de quem é dono, sendo a parede, o mercado de quem compra, o leitor. Ter de se dar às pessoas aquilo que elas querem...não é esse o papel do jornalismo. Há que encontrar o ponto de equilíbrio.”

Para o professor e investigador, a novas tecnologias não têm trazido só vantagens para a actividade jornalística. “O facto de haver mais tecnologias de comunicação não justifica que haja mais comunicações;”, “As tecnologias da comunicação não são sinónimo de bem social;”, “Não temos de nos adaptar a todas as mudanças.”. Olha para o papel do jornalista com uma perspectiva crítica: “A perspectiva crítica cobra do jornalismo, perante a realidade das tecnologias/mercado, dada a fraca responsabilidade social”.

“Não devemos prescindir da camada profissional dos jornalistas, com um ideal cívico, que não se dissolva nas necessidades do mercado, que conceba ideias do nosso tempo, preocupado com o bem-estar democrático, onde a responsabilidade social tem como destino o mundo social.”

A jornalista Leonete Botelho também teceu algumas considerações em relação a estas problemáticas, assim como ao livro e ao próprio percurso da autora desde que a conheceu ainda enquanto estagiária. Referiu que na sua opinião estamos perante uma “cultura-lego” em que cada um se vê na possibilidade de montar para si o que da sociedade mais lhe convier.

A sessão acabou por se prolongar na discussão entre intervenientes acerca dos pontos levantados na mesa. Foi ainda aberto o debate à plateia."

p.S.: devido a problemas de incompatibilidade a fotografia da sessão não foi postada.

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